
Seguindo a inspiração dos últimos posts, me lembrei que outro dia assisti ao filme francês “ A Fronteira da Alvorada”, de Philippe Garrel. Apesar da escolha do filme não ter sido feita previamente, super valeu a pena por que Garrel novamente me fez pensar.
O cinema de Garrel é, acima de tudo, um cinema de situações, de pedaços desgarrados de tempo e espaço, de impressões, delírios, indecisões, medos, indefinições, prazeres; assim como é o conjunto de momentos contraditórios que constituem a vida; assim como são as muitas relações efêmeras que, apesar da volatilidade, não deixam de ter grande importância; assim como são as arapucas insanas que volta e meia nos prendemos sem que nem mesmo nos sintamos prisioneiros. Garrel me fez perceber que o medo pode se tornar prisão perpétua apesar da opção pela liberdade permanecer disponível por todo o sempre.
Ok, ok. O filme é denso e profundo (talvez muitos não gostem tanto) mas vale a pena ser visto por todos que reconhecem medos, inseguranças mas, acima de tudo, a vontade de mudar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário