Em homenagem à melhor coisa de todo e qualquer relacionamento, a intimidade, dedico este post à poesia de Maria Rezende, que para mim é e sempre será um clássico.
Adoro pau mole.
Assim mesmo.
Não bebo mate,
não gosto de água de coco,
não ando de bicicleta,
não vi ET
e a-d-o-r-o pau mole.
Adoro pau mole
pelo que ele expõe de vulnerável e pelo que encerra de possibilidade.
Adoro pau mole
porque tocar um pressupõe a existência de uma intimidade e uma liberdade
que eu prezo e quero, sempre.
Porque ele é ícone do pós-sexo
(que é intrínseca e automaticamente
- ainda que talvez um pouco antecipadamente)
sempre um pré-sexo também.
Um pau mole é uma promessa de felicidade sussurrada baixinho ao pé do ouvido.
É dentro dele,
em toda a sua moleza sacudinte de massa de modelar,
que mora o pau duro e firme com que meu homem me come.
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