quinta-feira, 29 de julho de 2010

Borboletas...

"Pelas plantas dos pés subia um estremecimento de medo,
o sussurro de que a terra poderia aprofundar-se.
E de dentro erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo."

Clarice Lispector

terça-feira, 6 de julho de 2010

Retrato em branco e preto

Os meus amigos mais próximos sabem que vivenciei ao longo do último ano um processo difícil de terapia em grupo e hoje posso sentir o quanto esse processo me foi produtivo. Pode parecer mentira, mas sinto que ele me fez perceber, de verdade, que já não sou mais aquela garotinha indefesa dos tempos de Santo Inácio. Aos trancos e barrancos, por conjunturas de vida que não escolheria pra mim, foi difícil me reconhecer mulher. Mas hoje, finalmente, concebo-me uma mulher admirável, sem modéstia!

Hoje posso falar em alto e bom tom que sou senhora das minhas vontades, do meu prazer, dos meus ideais; que a busca por meus sentimentos mais transparentes, sem a intervenção de seja quem for, está me tornando cada vez mais eu mesma. E essa sensação é impagável. A Soma me deu a oportunidade de, aos 30, me armar da coragem necessária para ser cada vez mais eu mesma, sem qualquer vergonha, amarras e máscaras, exterminando velhas angústias que já não faziam nenhum sentido. Bingoooo!

Sinto que, definitivamente, aprendi a deixar aquela menininha de lado e caminhar de cabeça erguida em direção a meus verdadeiros ideais. Para tudo na vida, só basta querer e acreditar!

Esquecido o medo, as mudanças que aos poucos se concretizam na minha vida me tornam, cada vez mais, dona de sorrisos verdadeiramente reais. Adeus superficialidade. Só isso me importa.

Sinto-me dona de um forte sorriso interno, em comunhão com minha índole naturalmente sensível. E nestes novos tempos, sem deixar de primar pela razão. Doce equilíbrio.

E assim me atiro novamente ao mundo, mas agora com a maturidade dos 30! E que venha mais esta nova fase!