terça-feira, 29 de setembro de 2009

Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatú!!!! :)

Precisamos aprender com os outros apenas o que não nos foi possível aprender sozinho.

A necessidade de aprender é biológica, ela se faz sempre de dentro para fora.

O impulso pela busca do conhecimento é mais importante que a coisa conhecida.
Perguntar é o ato mais espontâneo e o único realmente indispensável na formação cultural. Não se é livre para perguntar em ambiente autoritário.

Somos todos diferentes uns dos outros, inclusive pelo interesse em conhecer.

Soma

Roberto Freire

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Awake !!!!!

A melhor sensação que se pode sentir é a vontade de ir além, de se superar, de enfrentar desafios, quebrar records; aquela vontade que te faz levantar de manhã cedinho com toda a disposição do mundo, mesmo depois de varar a noite aprendendo...
Aquela que move, que faz vibrar, que acorda!

ABRA OS OLHOS!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A angústia da múltipla escolha


Não creio que estejamos mais infelizes no amor, mas um pouco tontos. Possibilidades nos atraem e paralisam. O que cada um de nós quer e precisa?
Outro dia um jornalista me perguntou se eu achava que as pessoas andavam muito infelizes em suas vidas amorosas. Eu não tenho procuração para responder pelos outros, mas acho que o termo “infeliz” é um pouco dramático. Conheço inúmeros casais que vão muito bem, obrigado. O que existe hoje talvez seja uma angústia generalizada em razão da quantidade de portas que a liberação sexual nos ofertou. Tem a porta A, que nos leva a um casamento monogâmico, a porta B que nos leva a um caso extraconjugal, a porta C que nos leva a uma vida de solteiro com inúmeros romances, a porta D que nos leva a uma bissexualidade ativa, a porta E que nos leva à paternidade, a porta F que nos leva à separação, a porta G que nos leva a uma solidão escolhida, a porta H que nos leva ao convento, a porta I que nos leva a um clube de swing, a porta J que nos leva a encontros virtuais, e as portas seguem se multiplicando nesse corredor de ofertas.

Antes a vida tinha menos opções. Você casava para sempre e constituía uma família, já que a reprodução era a razão de ser da sexualidade. Ou então não casava e virava tia, uma mulher à margem, que não havia dado sorte, coitada. Os homens tinham um pouco mais de liberdade, mas também acabavam aprisionados pela ética vigente: ou se transformavam em reprodutores e provedores, ou não eram boa coisa.

Depois que a pílula anticoncepcional entrou no mercado, sexo deixou de existir apenas para procriação e passou a existir pelo prazer. E o prazer é múltiplo, advém de arranjos variados. Mesmo ainda pressionados por alguns padrões, hoje temos mais informação e mais autonomia para bater à porta do estilo de vida que acreditamos que nos trará mais satisfação. O problema é que esse prazer, que antes era facultativo, virou obrigatório. Ai de você se não tiver “x” parceiros no seu currículo, “n” orgasmos a cada transa, enfim, uma biografia de arrebentar. Sua vida erótica tem que ser nada menos que inimitável. Ela passou a ser mais importante do que sua vida emocional, ao menos pra consumo externo.

Deveriam andar juntos, amor e sexo. Isso restringiria o número de portas e, por consequência, a angústia de ter que escolher apenas uma e renunciar às outras. Mas amor e sexo não andam mais juntos, e as pessoas ficam perdidas, procurando um amor estável e ao mesmo tempo se abrindo para emoções efêmeras, tentando canalizar seu desejo e ao mesmo tempo sendo excitadas por inúmeros estímulos que chegam da tevê, do cinema e das revistas.

Não creio que estejamos mais infelizes no amor, mas um pouco tontos, certamente. Muitas possibilidades nos atraem e ao mesmo tempo nos paralisam. O que cada um de nós quer e precisa? Foco e autoconhecimento para transitar nesse freeshop erótico-afetivo sem virar refém do próprio deslumbre.

Martha Medeiros

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É mais além... Carla Dias

http://crondia.blogspot.com/2009/09/e-mais-alem-carla-dias.html

Viajando de balão! :)

Simplesmente não há regras.
O que é ser bem sucedido?
O que é amor?
O que é compreensão?
O que é verdade?
O que se sente?
O que se quer pra si?
Qual o objetivo ao final desse longo caminho?
O que preenche o vazio?
Qual o caminho certo?
O que faz sentido diante de tantas perguntas?
Desejo, realidade, ilusão?
Perguntar pra quê se a resposta é desconhecida?
Mas há sempre o tempo em que as respostas aparecem,
mesmo que por um breve momento.
Basta estar alerta!
Fato, existe resposta.
ACREDITAR SENTINDO!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

É QUARTA-FEIRA DE CINZAS!


É quarta-feira de cinzas! Mas por aqui não há melancolia apesar da inevitável nostalgia dos dias de carnaval. Tudo tem seu tempo. É hora de guardar a fantasia de Colombina no armário e substituí-la por vestes de tons mais sóbrios. É hora de seriedade. Troco a Colombina pela Ana Guerra trajada com seu terninho creme. Sem-graça? Muitas vezes. Mas o creme há de existir pra fazer valer o brilho colorido da saia de chita, aquela mais leve. A realidade se faz necessária. SEMPRE!
Faz-se o tempo das redescobertas.

De tudo, o que mais importa é que mesmo em meio a aparente tristeza, a alegria teima em se fazer presente! Ela mora em mim!
E vamos em frente!
Na luta diária por ser quem SE SENTE!

sábado, 5 de setembro de 2009

Speechless



Obrigada, Gabi! :)

Prudência

"Desiderata
Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se que há sempre paz no silêncio. Tanto que possível, sem humilhar-se, viva em harmonia com todos os que o cercam.

Fale a sua verdade mansa e calmamente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes – eles também tem sua própria história.

Evite as pessoas agressivas e transtornadas, elas afligem nosso espírito. Se você se comparar com os outros você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você. Viva intensamente o que já pode realizar.

Mantenha-se interessado em seu trabalho, ainda que humilde, ele é o que de real existe ao longo de todo tempo. Seja cauteloso nos negócios, porque o mundo está cheio de astúcia, mas não caia na descrença, a virtude existirá sempre.

“Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores. Você merece estar aqui e mesmo que você não possa perceber a terra e o universo vão cumprindo o seu destino.”

Muita gente luta por altos ideais e em toda parte a vida está cheia de heroísmos.

Seja você mesmo, principalmente, não simule afeição nem seja descrente do amor; porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto ele é tão perene quanto a relva.

Aceite com carinho o conselho dos mais velhos, mas seja compreensível aos impulsos inovadores da juventude.

Alimente a força do Espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários, muitos temores nascem do cansaço e da solidão.

E a despeito de uma disciplina rigorosa, seja gentil para consigo mesmo. Portanto esteja em paz com Deus, como quer que você O conceba, e quaisquer que sejam seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada da vida, mantenha-se em paz com sua própria alma.

Acima da falsidade, dos desencantos e agruras, o mundo ainda é bonito, seja prudente.
FAÇA TUDO PARA SER FELIZ "

Max Ehrmann

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Afeto


O cão vira-lata passa assustado. Chamo-o. Ele foge. Dou mais um passo e ele corre. “- Vem aqui cachorrinho!”, digo em voz alta. Abaixo-me. Fico do seu tamanho. "-Venha aqui. Só quero te fazer carinho. Quero te abraçar. Quero te ver. Quero cuidar de você!". Ele vem de mansinho, duvidoso. Será? E vem cada vez mais. Mas sinto que qualquer movimento brusco ou voz alta poderá espantá-lo. Então falo bem baixinho e estendo minha mão. "- Quero ser sua amiga, vem comigo!". E ele vem. Devagarzinho, devagarzinho. Ele veio sozinho.

Sento-me no meio-fio, em silêncio. Ele me olha. Eu olho pra ele fazendo sinal de que está tudo bem. Então fecho os olhos. Sinto sua presença. E logo percebo uma inexplicável afinidade. Dentro de mim um sentimento novo e estranho. O que fazer? Milhões de pensamentos. Mas logo ele se vai. Fico atônita. Surpresa. Mas logo ele pára e volta a me olhar. Permaneço inerte. Sinto que o menor movimento poderá assustá-lo. Não quero que se vá e por isso não me movo. Sinto que tem medo. Subitamente, ele retorna lentamente. E digo-lhe em pensamento: "- Vem, pode vir. Está tudo bem. Sou amiga. Confie em mim. Não há o que temer."

E ali, sentada no meio-fio, o cão me olha. Parece que me entende. Parece que fala. Acho que fala. Sabe da aproximação. Sabe do escuro da distância e da claridade de estar junto. Conhece o medo. Mas também conhece a liberdade de ser só. E de repente percebe o conforto da minha companhia. E se aproxima, mais e mais.

Ficamos próximos. Mas quase não nos encostamos. Tememos nossas diferenças. E a provável efemeridade daquele instante. Tão concreto que engana como sendo eterno. Mas sentimos paz, conforto, confiança. O verdadeiro pulsar da vida. E é então que percebemos que falamos a mesma língua, a do coração.

Levanto-me. Começo a caminhar em direção a minha casa. Ele me acompanha, lado a lado comigo. E seguimos caminhando em silêncio. Precioso silêncio.

Caminhamos distraídos por algum tempo. Não sei o quanto. E ele sempre atrás de mim. Como se quisesse cuidar de mim. Eu parava, ele parava. Eu andava, ele andava. Pela beira da calçada tentava disfarçar que não queria me perder de vista. Mas seguia com a cabeça baixa, cabreiro. Lentamente, balançava timidamente seu rabo. Então achei que se chamasse ele viria correndo e eu seria sua companhia para sempre. Chamei uma vez e ele não veio. Mas continuou me seguindo, mantendo-se próximo embora distante.

Até que cheguei em casa. Atravessei o portão e ele me seguiu. Sentei-me no chão da varanda. E o cãozinho vira-lata se aproximou e deitou-se ao meu lado. Acariciei delicadamente seu pêlo curto, com toda a minha doçura. Ele apoiou sua cabeça na minha perna e disse sem palavras, quase que em súplica: "- Continua, continua".

Mas na manhã do dia seguinte ele já não estava lá.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tarot Personare

A Estrela
Cultivando altos valores

Há momentos em que somos testados a manter uma fidelidade a uma postura mais sublime, em termos de reação ao mundo que nos cerca. A Estrela, significante de conselho para este momento em sua vida, vem sugerir a necessidade de cultivar a esperança como uma forma de manter acesa a sua luz interior. Ainda que os elementos concretos lhe desafiem ou lhe forneçam sinais negativos, é a sua postura de pensamento positivo que lhe permitirá superar os obstáculos, Ana. Procure manter o alto astral, a postura positiva e não desanime. Atue de forma clara, aberta, sem joguinhos, e no mínimo as pessoas lhe darão o maior valor!

Conselho: Pense positivo!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Surto consciente

Contemplação

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Surtei foi de fascínio.

Foi de ver os lábios ressecados serem banhados pela água do copo,
Num simples gesto de secura.
E de, em seguida, esquadrinhar a geografia do sorriso minado.
Foi de engolir a seco o até logo,
Ainda que melindrando a partida.
E também de ter presenciado os olhos aguarem por dor de amor,
De saudade.
E de como negou se entregar a esse desfecho,
Temendo não mais voltar do abismo que ele oferecia.

Surtei foi de vontades.

De alisar-lhe a face com as costas da minha mão vazia.
Que nelas houvesse o mapa que desse no carinho que necessitava.
Que o gesto fosse de riqueza apaziguadora,
E que do abraço vertesse essa poesia que jamais consegui decifrar:
Compartilhamento.
E o tempo fosse embalado pelos bons ventos.
Que chovesse girassóis.
Que dessem frutos no jardim.
Que avermelhasse de pôr-do-sol esse dia.

Surtei também de tristeza.

De parecer infinito e sem brandura esse caminho.
Por ter no bojo da minha alma a fadiga aninhada.
De temer o começo do fim dessa benquerença de intensidade que sei...
Dará em saudade que jamais partirá.
E de velar a realidade na crueza das restrições.

Surtei de esperança.

Porque não há como negar a beleza do abrir os olhos.
O gosto de tomar café quente em dia frio.
As gargalhadas dos amigos, depois de contarmos uma piada sem graça.
E porque me volta,
E sempre,
A lembrança de como fala tão manso,
Como se entoasse uma canção que, ainda que repetida,
Soaria inédita.

Uma canção de afetos.

Carla Dias
www.carladias.com

terça-feira, 1 de setembro de 2009

It doesn't matter ...



Sem palavras - Moveis Coloniais de Acaju

"Eu sei que nada tenho a dizer
Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar
Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais
Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?
Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar"