quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Queda Prohibido - Pablo Neruda

Dividindo sonhos (e confabulações)

Pra quem não conhece (como eu), vale muito a pena conhecer um pouquinho do que é o Museu d'Orsay através de seu vídeo de apresentação >>> Musée d'Orsay: Overview. Sonhem junto comigo! :)

Aproveitando pra confabular...

Toda a beleza infinita do acervo do d'Orsey, especialmente o Expressionismo, é fruto de uma época de mudanças ideológicas, tal qual a que vivemos hoje em dia. Não tenho dúvidas que os nossos tempos deixarão legados em todas as vertentes artísticas; e, como não poderia deixar de ser, também nas artes plásticas. Mas nessa arte, apesar de ser grande admiradora, sou bastante ignorante. Se alguém puder me dar dicas de artistas contemporâneos, que amam COR e merecem destaque, agradecerei muitíssimo.

Gracias! Gracias!

Besitos felizes! :)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Reinauguração!

Quando a gente cansa das roupas usadas, aquelas que já tem a forma do nosso corpo, como bem disse certa vez Alberto Caieiro, é hora de ousar fazer diferente, sentir diferente e quiçá, sonhar diferente. E, em respeito aos sábios conselhos do meu amigo poeta, resolvi mudar também o look desse meu cantinho aqui. E que bons fluidos me levem à outra margem do rio. Jamais ficarei à margem de mim. Disso eu posso ter absoluta certeza.

Jai Gurudev! Amém! Oh Nama Shivaia! Namastê! Hare Om!

Forever and ever

"Each morning when I open my eyes I say to myself: I, not events, have the power to make me happy or unhappy today, I can choose which it shall be. Yesterday is dead, tomorrow hasn't arrived yet. I have just one day, today and I'm going to be happy in it."

Amém!

Hoje comecei o dia de uma forma bem diferente e resolvi fazer um post também diferente, escrevendo sobre alguns pensamentos que me acompanharam pela manhã e estão ecoando até agora.

Hoje cedinho acompanhei minha mãe a um exame em que ela teve que ser cedada. Já a tinha acompanhado outra vez neste mesmo exame, mas com certeza jamais havia conseguido perceber a dimensão desse pequeno gesto de carinho.

Mas essa percepção não se tornou possível por si só, como ao certo não seria. Foi necessário um choque de realidade para compreender o óbvio.

Aconteceu o seguinte: estava com mommy quando de repente adentrou a saleta de repouso pós-exame uma mulher de seus 40 anos para acompanhar sua mãe. A filha, bem atrasada, encontrou a mãe, de aparência franzina e envelhecida, já prostrada numa cadeira; mesmo com a mãe quase desmaiada, já chegou a sacudindo, exclamando que precisava ir embora. A mãe nem notou, permanecendo inerte por mais alguns minutos. Eu, que aguardava minha mãe despertar, tive que avisá-la que era necessário aguardar mais alguns minutos para que o laudo pudesse ser concluído e a mãe se restabelecesse. Mas a filha não se conteve. Reclamou tanto, mas tanto, que forçou a mãe a despertar antes da hora e ir embora mesmo sem o laudo. Com certeza, a postura daquela filha soou absurda a todos os presentes na saleta. Ela não demonstrou o mínimo afeto e generosidade pela mãe. Nenhum mesmo. Aquela atitude, para mim, foi o exemplo contrário à forma ideal de se proceder com a pessoa que nos deu a vida, o que me fez refletir sobre muitas das minhas próprias ações.

Tenho plena consciência que muitas vezes me falta generosidade, especialmente com os meus entes mais próximos, mas não quero mais ser assim. Estou realmente disposta a fazer o exercício de aprender a canalizar o amor que mora em mim àqueles que de fato o merecem. Não vou mais desperdiçar o sentimento mais lindo que possuo. Não mesmo.

Esse acontecimento me fez pensar sobre as diferentes formas de se doar, de ser generoso, de dar amor, mostrar carinho, afeto. E, sinceramente, acho que é desse tipo de reflexão que o mundo de hoje mais precisa.

E, indo além, o episódio de hoje me fez reletir sobre envelhecer sozinho, sem uma companhia amiga para emprestar a mão em dias de labaroscopia. Acho que essa preocupação atordoa todo ser sentido. Ninguém no mundo gostaria de passar por uma situação dessas em má companhia...

PAPAI DO CÉU, não quero isso pra mim não, tá?! Pode registrar esse pedido aí! :)

Amém!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quem quase vive já morreu!


"Ainda pior que a convicção do não ou a incerteza do talvez, é a desilusão de um "quase". É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor ou sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas, resta-nos somente paciência; porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!!!

Sara Westephal Batista

domingo, 15 de agosto de 2010

Manteiga derretida SIMMMMMMM! :)

Gabi, não resisti.

LINDO TEXTO!

Que bom que a gente faz parte desse seleto grupo de manteiga derretida! :)


Crazy old fashioned

Em tempos que ser é ter, em tempos que o que parece, não é, o sentir saiu de moda. Mas não se engane. Ainda existem alguns doidos por aí. Doidos teimosos que insistem em sentir e mostrar o que sentem. Doidos que ousam experimentar, compartilhar e multiplicar sentimentos. Pasme. Há quem diga que eles são manteiga derretida, moles, frágeis. Mas vai saber, talvez ter a coragem de sentir e deixar mostrar, faz ganhar uma força de outra categoria. Talvez seja a mesma força que faz o rabo do cachorro abanar seja lá o que aconteça. Talvez seja a mesma força que faz o céu pintar um quadro diferente todos os dias. Talvez seja a força que te faz chorar de rir. Talvez seja a força que te dá vontade de pular, dançar, cantar. Talvez seja a força que faz a família ficar unida. Talvez seja a força que faz você conhecer os seus iguais. Talvez seja a força que tanto faz falta em tempos que ser é ter, em tempos que o que parece, não é.

Gabi Serio

(www.bigbagofdreams.blogspot.com)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

***

"O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa.

Morre porque o matamos ou o deixamos morrer.

Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença.

Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia.

Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados.

O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos.

Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento.

O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida.

O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada.

(...)

Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas.

Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade.

O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever.

O amor é sempre assassinado. (...) "

Fabricio Carpinejar

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Foi um rio que passou em minha vida....

Afago na alma!

" SER OU NÃO SER DE NINGUÉM - ARNALDO JABOUR

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.

Beijar na boca é bom? Claro que é! É legal se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas? Evidente que sim.Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação"? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo, beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.

Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?

A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir juntos abraçados, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar". Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão.

O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras. Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal juntos até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam.

A questão não é causal, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender amar se relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento. É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Recentemente alguém em especial, me escreve: "Pretendo fazer muitos "amigos", pouco importa o que pensem, quem são, importa sim somar"; pois bem, ser de todo mundo e não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também. É não ser livre para trocar e crescer. É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão."
Obrigada, Carlota. Esse texto veio em boa hora! Adorei a parte "Ser livre ... é ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento. É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. ... É buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins."
Tamu junto, amiga! Para o alto e avante, sempre!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Minhas reflexões para uma vida bem vivida!

Depois de algumas décadas de vida, posso afirmar que algumas importantes lições nunca mais sairão do meu mindset. E hoje, num dia de inspiração, resolvi registrá-las aqui, para que possa sempre relembrá-las quando vir dar uma espiada por aqui:

1- Apenas é possível ser sincero consigo mesmo se tivermos em mente metas precisas de vida. Se vc não sabe onde quer chegar, nunca se dará por satisfeito. Respeite suas metas, sendo sincero e honesto consigo mesmo ao fazer cada escolha em sua vida.

2- Tenha consciência do seu próprio valor. Você é um ser único e ninguém mas ninguém em todo esse mundo é capaz de ter o seu jeitão, seja ele do jeito que for.

3- Somente caminhando com nossas próprias pernas chegaremos ao destino sonhado. Nesse caso, muletas não ajudam em nada, pelo contrário.

4- Ria de si mesmo. E nunca tenha vergonha de cometer atos bobos se for em prol da melhor sensação de todas : o estar em paz.

5- Sonhe, sonhe muito mas não tire muito os pés do chão, a não ser que tenha consicência disso. Apenas sonhando a partir de coisas concretas será possível amenizar o risco de frustração. (E mesmo assim tome cuidado. Expectativa em demasia não combina com quem zela pela paz.)

6- Dispa-se de preconceitos.

7- Pratique exercício físico e cuide da sua mente, seja do jeito que for. A paz só é possível se tivermos a mente e o corpo sãos.

8- O mal também existe e por isso proteja-se, da maneira que lhe for mais conveniente.

9- Endurecer de vez, jamais. E para isso, esteja sempre conectado a alguma forma de arte, seja ela qual for. Toda arte é sentimento materializado.

OBS: Esta lista estará em constante construção!!!!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Deep inside

"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata."

Clarice Lispector