quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

#azarodeles!

"Ninguém quer as boazinhas", ouvi outro dia de um rapaz que julgava inteligente (e interessante), em resposta a uma colocação desnecessária de minha parte, quando me descrevi "boazinha". Teria sido aquilo uma tremenda grosseria? Achei que sim. Mas preferi não dar margens à discussão e me retirei imediatamente da conversa. Mas a reflexão ficou. E resolvi escrever aqui. Os homens de fato preferem as "mazinhas"? Há gosto pra tudo. Ser "boazinha", na minha concepção, significa bom caratismo, simpatia, bondade, espirito maternal e protetor, e tantas outras qualidades mais que a própria definição trás intrinsecamente. Boazinha em nada está associada a caracteristicas pejorativas. Ou ao menos não deveria. Sim, eu realmente pertenço ao grupo das boazinhas. Esse é o meu jeito de ser. Azar o de quem não nos prefira.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Nada como o tempo depois de um contratempo.


Casamento: modo se usar.

Case-se com alguém que adore te escutar contando algo banal como o preço abusivo dos tomates, ou que entenda quando você precisar filosofar sobre os desamores de Nietzsche. Case-se com alguém que você também adore ouvir. É fácil reconhecer uma voz com quem se deve casar; ela te tranquiliza e ao mesmo tempo te deixa eufórico como em sua infância, quando se ouvia o som do portão abrindo, dos pais finalmente chegando. Observe se não há desespero ou insegurança no silêncio mútuo, assim sendo, case-se. Se aquela pessoa não te faz rir, também não serve para casar. Vai chegar a hora em que tudo o que vocês poderão fazer, é rir de si mesmos. E não há nada mais cruel do que estar em apuros com alguém sem espontaneidade, sem vida nos olhos. Case-se com alguém cheio de defeitos, irritante que seja, mas desconfie dos perfeitinhos que não se despenteiam. Fuja de quem conta pequenas mentiras durante o dia. Observe o caráter, antes de perceber as caspas. Case-se com alguém por quem tenha tesão. Principalmente tesão de vida. Alguém que não lhe peça para melhorar, que não o critique gratuitamente, alguém que simplesmente seja tão gracioso e admirável que impregne em você a vontade de ser melhor e maior, para si mesmo. Para se casar, bastam pequenas habilidades. Certifique-se de que um dos dois sabe cumpri-las. É preciso ter quem troque lâmpadas e quem siga uma receita sem atear fogo na cozinha; é preciso ter alguém que saiba fazer massagem nos pés e alguém que saiba escolher verduras no mercado. E assim segue-se: um faz bolinho de chuva, o outro escolhe bons filmes; um pendura o quadro e o outro cuida para que não fique torto. Tem aquele que escolhe os presentes para as festas de criança e aquele que sabe furar uma parede, e só a parede por ora. Essa é uma das grandes graças da coisa toda, ter uma boa equipe de dois. Passamos tanto tempo observando se nos encaixamos na cama, se sentimos estalinhos no beijo, se nossos signos se complementam no zodíaco, que deixamos de prestar atenção no que realmente importa; os valores. Essa palavra antiga e, hoje assustadora, nunca deveria sair de moda. Os lábios se buscam, os corpos encontram espaços, mas quando duas pessoas olham em direções diferentes, simplesmente não podem caminhar juntas. É duro, mas é a verdade. Sabendo que caminho quer trilhar, relaxe! A pessoa certa para casar certamente já o anda trilhando. Como reconhecê-la? Vocês estarão rindo. Rindo-se.

sábado, 11 de janeiro de 2014

2014.

Lucidez vem com a maturidade; conhecimento, com estudo. O entusiasmo, com aquilo que se gosta. A admiração nasce quando se vê no outro algo que se almeja pra si. O bem-querer, de uma simples troca de olhar. Preciosidades nem sempre tem valor mensurável. Bom gosto depende do olhar.

Alegria caminha de mãos dadas com olhos brilhantes.

Sonhos mudam um destino.

Mas o céu nem sempre é azul.

Certezas são mutáveis; vontades, voláteis.

O decorrer do tempo bom , imperceptível; do tempo ruim, martírio. Viagens, a melhor escola. Um grande amor, o melhor presente.

Simples constatações nem sempre tem fácil entendimento. Tudo é muito relativo. Depende-se da forma que se foi ensinado a pensar, sentir, viver.

A maturidade, além de lucidez, vem me trazendo discernimento para identificar luz na sombra, amigos em meio a multidão, segurança no esconderijo.

A esperança persiste, insiste, e desperta novamente ao meu lado.

Que 2014 seja um ano de grandes aprendizados e emoções (lindas!) inesquecíveis.

JGD!