Desde pequena mamãe me diz que meu nome foi inspirado nessa música (Baby, do Caetano) e não sei o porquê, mas toda vez que a escuto, sinto uma nostalgia infinita, lembrando de um tempo que não vivi. Sinto como se a pílula anticoncepcional, a emancipação da mulher, a globalização, a Internet, a pós-modernidade, tivessem roubado de mim a oportunidade de sonhar como nos tempos de outrora.
Isso não quer dizer que não dê importância a minha independência, às conquistas que, nós, mulheres, alcançamos nas últimas décadas, mas acho, sinceramente, que estamos nos esquecendo de preservar a melhor parte de tudo isso, a nossa essência feminina, sensível e maternal por natureza. Definitivamente, não estou aqui para competir com os homens por que sei muito bem a importância do papel que represento no palco da vida.
E é por isso que não tenho vergonha de dizer que sinto saudade da época em que se sonhava com o enxoval (nossa, essa palavra ainda existe?), com o marido ideal... Que as preocupações se limitavam ao cardápio do jantar, à casa arrumada, aos filhos... Sinto saudades de uma época em que se preservava o respeito, acima de tudo, e que ainda se acreditava na possibilidade de ser feliz para sempre.
Sei que essa imagem do passado é totalmente idealizada, fruto dos clássicos comerciais de Doriana, mas não é de hoje que ela caminha comigo. E sinto que para sempre a manterei intacta no hall das minhas melhores lembranças.
Tem horas que ser mulher independente me cansa.
Oi...que bom vc ter ido ao meu blog, pois estabeleceu uma ponte para eu estar aqui.
ResponderExcluirParece que o que nos une são palavras e como palavras dão significado a tudo, estamos todas em busca de respostas para perguntas que nem mesmo fazemos. E vamos continuar... E eu vou voltar!
O que esse seu texto traz é aquela sensação de que ,ao galgar o mundo, a mulher perdeu um pouco de seu encantamento. Mas...isso só lá fora. Por dentro pode-se ter magia sempre.
Bjs.